Hoje vou dar a conhecer a quem não conhece, um Homem e um poeta da nossa terra.
É o João Luzio
João Silveiro Luzio Martins, nasce em Benquerença a 7-5-1955, onde reside e vive a sua infância até aos 11 anos de idade.
Completada a 4ª classe, ruma a Castelo Branco, e na Escola Industrial e Comercial como aluno exemplar completa o curso Geral do Comércio (5º ano).
Em 1971, como prémio, passa 6 meses em França onde encontra uma cultura diferente da que estava habituado, o que sem dúvida o marcou positivamente.
De regresso, começa a fazer pela vida em Castelo Branco, mas ao fim de mais algumas deambulações assenta arraiais em Lisboa até hoje. Passa pela Câmara Municipal de Lisboa e em Março de 1974 entra para os CTT onde desenvolve práticamente toda a sua vida profissional.
Homem que logo aprende a dominar as novas tecnologias de informação, participa nas primeiras eleições livres em 1975 na Gulbenkian, para executar a transmissão por via telex dos votos que chegavam de todo o país para os computadores centrais. Presente em eleições seguintes, no Estoril na Fórmula 1, no Raly de Portugal etc. etc.
Muito haveria para dizer sobre o João, mas vou abreviar um pouco...... Actualmente está aposentado, é amigo de colaborar em iniciativas que o ligam à terra natal, nestes ultimos anos tem vindo a colaborar gratuitamente com a Associação Cultural e Recreativa de Benquerença na ministração de cursos de iniciação à informática com o objectivo de ensinar os primeiros passos das novas tecnologias a todos os interessados.
Vai muitas vezes a Benquerença e continua a dedicar algum tempo ao computador, à internet, e a pequenos trabalhos agrícolas.
Só vou dizer mais uma coisa, está sempre pronto para ajudar no que for preciso.
RECORDANDO
Há muito, muito tempo,
Eu e tu, fomos amigos,
Fomos crianças que brincaram,
nas ruas da nossa aldeia,
Fomos crianças que brincaram,
nas ruas da nossa aldeia,
Mas tudo passou como o vento
E as histórias dos nossos livros
Foram-se apagando do pensamento.
Fomos companheiros de carteira
Os nossos professores nos ensinaram
O que não queriamos aprender,
Éramos muito preguiçosos
Dos estudos não queríamos saber.
Nesses belos tempos de escola
A única coisa que nos interessava
Era andar na rua, para jogar a bola.
Eu segui, tu ficaste
Trabalhando no dia a dia
E o que fizeste? Emigraste.
E juntamente com a tua familia
Ganhando noutras paragens
O que a nossa terra não produzia.
ERA A MIM QUE TU QUERIAS
Foi um sonho que eu tive
Num destes dias
Estavas tu entre nós
Na maior das alegrias
A noite ia avançada
Tu tinhas que partir
Eu queria ir contigo
Sozinha não podias ir
Pedi para te acompanhar
E tu disseste: Sim
Mas havia alguém
Que não me deixava ir a mim.
A disputa começou
Dos três, só um podia ser.
Pois na Telegráfica
havia muito que fazer.
Resolvi perguntar-te
Qual de nós tu Preferias.
Riste-te. Olhas-te para mim
Era a mim que tu querias.
Fiquei-te muito grato
Por me teres escolhido
Se te acompanhei não me lembro
Pois nessa altura, acabou o sonho contigo.
Um abraço ao AMIGO JOÃO
2 comentários:
Muito bem! Desconhecia o passado do João Luzio e também a sua veia poética! Gostei muito dos poemas e sim, acho que mereciam estar num livro.
Não está mal, não senhor. Força então para os seus poemas. E veia poética, poucos a têm!
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