sexta-feira, fevereiro 23, 2007

ZECA O CANTOR



Um dos mentores da canção de intervenção em Portugal, compositor/baladeiro notável, vítima de doença incurável, morre no hospital de Setúbal a 23 de Fevereiro de 1987.

Um ícone da Revolução dos cravos e de luta pela Liberdade, continua a ser lembrado por várias gerações como Homen simples e humilde e considerado um dos maiores nomes da música portuguesa.

A ouvir o álbum Venham mais cinco, como poderia ser outro qualquer, presto aqui a minha homenagem ao Zeca Afonso. Nunca é de mais recordar a sua obra e da-la a conhecer a quem ainda não a descobriu.

A 2 de Agosto de 1929, nasce em Aveiro, José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos.

De 1932 a 1937 vive em Angola com os pais e irmãos, onde se deslumbra com a imensidão africana que o vai marcar até ao fim da sua vida.

Regressa a Portugal em 1937, parte no mesmo ano para Moçambique e regressa novamente a Portugal no ano seguinte.

Em 1940 chega a Coimbra, passa pelas Repúblicas, onde conhece a amizade e a farra académica. Integra como estudante o Orfeão e a Tuna Académica da Universidade de Coimbra que o transporta em várias digressões novamente a África. O fado de Coimbra tanto lírico como o tradicional era superiormente interpretado por ele.

Grava em 1958 o seu primeiro disco "Baladas de Coimbra" e vai por aí afora... alguns dos seus discos.






20 anos depois ZECA, será sempre recordado como um resistente que conseguiu trazer para a música popular portuguesa e também pelas suas outras músicas, uma palavra de protesto antifascista ao regime.
OBRIGADO JOSÉ AFONSO







2 comentários:

autopilote disse...

Homenageamos portanto o grande Zeca. E nada melhor do que homenageá-lo com as suas próprias palavras. O mundo mudou, é certo. Mas não mudam os sonhos dos homens, sobretudo dos grandes homens. E Zeca foi-o. E o seu sonho permanece bem vivo e mais actual do que nunca.

♪ ♪ ♪
Aqui te afirmamos dente por dente assim
Que um dia rirá melhor quem rirá por fim
Na curva da estrada à covas feitas no chão
E em todas florirão rosas de uma nação
♪ ♪ ♪


Excerto de "A morte saiu á rua"

nabisk disse...

estou de acordo com o teu comentário.